A maior parte dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta sexta-feira (30), pronunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro como inelegível pelos próximos oito anos. Essa determinação ocorre no contexto de uma ação de investigação eleitoral (AIJE) instaurada para investigar um encontro realizado por Bolsonaro em julho do ano passado, na presença de embaixadores, em Brasília.
Durante essa reunião, o político questionou, sem apresentar evidências, a integridade das urnas eletrônicas e levantou dúvidas sobre o resultado das eleições. O plenário do tribunal é composto por sete magistrados. Quando quatro juízes votam na mesma direção, a maioria é alcançada.
Entretanto, até o final da sessão, os juízes podem alterar seu entendimento, embora isso não seja algo que ocorra com frequência. Com a confirmação dessa decisão, Bolsonaro fica impedido de concorrer em qualquer cargo eletivo nas eleições de 2026 e 2030, sendo considerado inelegível.
O TSE entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político ao utilizar seu cargo para obter vantagem eleitoral. A reunião, realizada meses antes das eleições de 2022, foi transmitida pela TV Brasil.
A sessão de julgamento foi retomada com o voto da ministra Cármen Lúcia, que seguiu o relator e decidiu pela inelegibilidade. Com isso, a maioria foi formada, com quatro votos a favor da inelegibilidade.
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