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Corte de orçamento da PRF deixa estradas mais desprotegidas

Em Porto Alegre, a redução de viaturas nas estradas foi de 80%. Em MS, falta de fiscalização está atrapalhando o combate ao tráfico de drogas.

Foto: Reprodução
O corte de quase metade do orçamento da Polícia Rodoviária Federal tem deixado as estradas brasileiras mais desprotegidas e, por isso, bem mais perigosas.

A fiscalização da Polícia Rodoviária Federal diminuiu no Paraná e no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, a redução de viaturas nas estradas foi de 80%.
“Menos assistência, porque eles dão assistência para nós. Dá qualquer problema no asfalto eles estão aí para orientar, para socorrer”, disse o agricultor Luiz Antônio Bicarglia.
No Amapá, a Polícia Rodoviária Federal fechou um dos três postos de fiscalização, o de Tartarugalzinho. As barreiras móveis foram suspensas.
No Pará antes policiais rodoviários estavam sempre presentes na BR-316, na região metropolitana de Belém. A rodovia é uma das mais movimentadas do estado. Agora não tem nenhum policial na estrada. Para economizar combustível eles ficam só nos postos de fiscalização.
Em Mato Grosso do Sul a falta de fiscalização está atrapalhando o combate ao tráfico de drogas.
Mato Grosso do Sul é o principal corredor do tráfico de drogas no Brasil. Quase metade das apreensões feitas pela PRF no ano passado foi nas rodovias no estado. E 80% dessas apreensões foram em fiscalizações surpresas ou com barreiras. Só que agora, os policiais daqui não saem dos postos para percorrer as rodovias.
Em cada plantão, os policiais percorriam, em média, 400 quilômetros principalmente nas áreas de fronteira. Com os cortes, as viaturas só saem do posto em casos extremos.
“Os patrulhamentos foram suspensos e serão atendidas apenas em casos de emergência e enfretamentos a crimes específicos”, diz o inspetor da PRF/MS Kleryson Loureiro.
A PRF de Mato Grosso do Sul diminuiu até a quantidade de postes ligados. Na BR-163, principal via de escoamento da safra, dos 18 postes, 12 estão sem funcionar. Os caminhoneiros estão preocupados com a falta de policiamento.
“Roubo tá tendo demais, roubo de carga muito. Se já com polícia rouba, imagina sem”, desabafa o motorista Hermes Siveiro.
As viaturas também não deixam os postos de fiscalização em São Paulo e em Minas Gerais. Nenhum policial apareceu no acidente com um caminhão carregado de carvão na BR-381, conhecida como rodovia da morte.
E em todo o Brasil foi suspenso o serviço de resgate aéreo. Os dez helicópteros da PRF estão parados.
O Ministério do Planejamento tem declarado que o corte de repasses se deve ao desempenho fraco das receitas públicas. E que esse corte atinge todos os órgãos da União. O ministério também tem afirmado que o limite de gastos da Polícia Rodoviária Federal, este ano, é de quase R$ 258 milhões, e que pouco mais de R$ 200 milhões foram empenhados.
Do G1
Jornal Nacional
Edição do dia 08/07/2017
08/07/2017 22h41 – Atualizado em 08/07/2017 22h41

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