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Maranhão possui índice de pobreza extrema, segundo o IBGE

Maranhão possui maior proporção de pessoas em condições de pobreza extrema, segundo IBGE

Em 2013, G1 já havia mostrado a situação de extrema pobreza de famílias no Maranhão, como a família de Raimundo e Maria do Socorro. (Foto: Clarissa Carramilo/G1)
Dados de 2016 da Síntese de indicadores sociais do Brasil divulgados nesta sexta-feira (15) apresentou um panorama das condições do país referentes a trabalho, condições de moradia, educação e saneamento básico.

Nesta sexta-feira (15), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a “Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira”, que busca retratar a realidade social do país a partir da análise de indicadores que contemplem a heterogeneidade da sociedade brasileira.

As análises contemplam as condições referentes a mercado de trabalho; padrão de vida e distribuição de renda; além de mobilidade educacional e ocupacional.

Dentre os principais indicadores destacou-se os níveis de extrema pobreza baseados na referência internacional do Banco Mundial, que considera como situação de pobreza extrema a linha de 5,5 dólares por dia. Em 2016, esse valor correspondia, no Brasil, ao rendimento mensal de R$ 387,15 por pessoa, de acordo com o IBGE.

Com base nesta classificação, havia 52,2 milhões de brasileiros em pobreza extrema em 2016. Dentre todos os estados do país, o Maranhão apresenta 52,4% de pessoas nessas mesmas condições, sendo o único Estado a atingir mais da metade da população nas condições de extrema pobreza de acordo com o índice do Banco Mundial.

Condições de moradia
Em 2016, o Maranhão foi o único Estado a obter valor superior a 20% na proporção de pessoas que vivem em domicílios com paredes externas construídas com materiais não duráveis. Na concepção do IBGE, materiais não duráveis seriam residências que não possuem paredes de alvenaria (com ou sem revestimento), de taipa revestida e de madeira apropriada para construção.

Trabalho

A taxa e desocupação (de desempregados) também cresceu no Maranhão. Em 2012, o Estado estava incluído no grupo com taxa de 6 a 10% de desocupação, sendo que em 2016 o Maranhão faz parte do grupo com taxa de desocupação de 10 a 14%.
Em jovens, com exceção dos estados do Piauí (18,2%), Sergipe (19,3%), Maranhão (20,9%) e Minas Gerais (19,3%) os demais estados das Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram taxas de desocupação de jovens acima do valor nacional. Por outro lado, somente 30,1% dos jovens maranhenses estavam ocupados em trabalhos formais.
No contexto geral, mais de 60% dos trabalhadores maranhenses em 2016 trabalhavam em emprego informal. Segundo o estudo, os efeitos da maior informalidade do trabalho são percebidos no tamanho do rendimento médio do trabalho principal, que está abaixo na média nacional (levemente acima de R$ 2 000). Em 2016, o Maranhão apresentou R$ 1 123,00 de rendimento médio, o menor do país.
Juventude nem-nem no Maranhão
No Brasil, o número de jovens de 16 a 29 anos que não estudam nem trabalham subiu de 34,2 milhões em 2012 para 41,25 milhões em 2016 – o equivalente a 25,8% do total de jovens brasileiros nessa faixa etária. Em quatro anos, esse grupo, que ficou conhecido como “nem nem”, aumentou 20,5%.
Nesse contexto, 29.4% dos jovens maranhenses não estudavam e nem estavam ocupados em 2014, o quinto pior resultado do país. Em 2016 esse número cresceu para 33.3%, sendo agora o terceiro pior Estado nesse quesito, abaixo apenas de Pernambuco e Sergipe.

Saneamento Básico

Numa análise das regiões metropolitanas, a grande São Luís (correspondente a São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa) é a 7ª pior em fornecer acesso a três tipos de saneamento básico: Coleta direta ou indireta do lixo; abastecimento de água por rede; e esgotamento por rede coletora ou pluvial. No estudo, menos da metade da população (48,3) tiveram acesso a esses serviços em 2016.
Sobre a Síntese de indicadores sociais:

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) é uma importante fonte de informações para a análise das condições de vida da população brasileira, segundo o IBGE.
Segundo o estudo, dentre as razões que elevaram os índices de pobreza do país está a conjuntura econômica dos últimos anos. Entre 2012 e 2016, o mercado de trabalho brasileiro passou por mudanças significativas, reflexo da conjuntura econômica bastante variada ao longo deste quinquênio.

O aumento da desocupação foi um dos principais efeitos desta dinâmica e seu desdobramento apontou para a ampliação das desigualdades sociais e para maior vulnerabilidade de grupos populacionais específicos, segundo o instituto.
O G1 entrou em contato e aguarda resposta da Prefeitura de São Luís, da Prefeitura de São José de Ribamar, da Prefeitura de Raposa, da Prefeitura de Paço do Lumiar em relação aos dados divulgados pela Síntese de indicadores sociais (SIS).
O Governo do Maranhão informou que está atuando no combate a pobreza com criação de programas voltados à geração de emprego e melhoria dos índices sociais. Veja a nota na íntegra:

“O Governo do Maranhão informa que vem atuando fortemente para combater a pobreza e os baixos índices de desenvolvimento humano, fruto de décadas de abandono das gestões anteriores. Programas como Escola Digna, Bolsa Escola, Iema, Força Estadual de Saúde, Água para Todos e o Plano Mais IDH, estão posicionando o Maranhão na dianteira dos demais Estados que possuem como meta combater a extrema pobreza e elevar a qualidade de vida da população. Para garantir oferta de emprego, geração de renda e o desenvolvimento do setor produtivo maranhense, o Governo do Estado determinou a implantação de programas estratégicos nestes três anos de gestão. As iniciativas ajudaram a reduzir o impacto da crise econômica nacional no Maranhão. São programas como o Mais Empregos, o Juros Zero e o Mais Renda. Criado em 2016, o Programa Mais Empregos disponibilizou quase 5 mil novas oportunidades de trabalho com carteira assinada, tanto em empresas de grande porte quanto em micro e pequenos empreendimentos. Com o Mais Empregos, o governo garantiu o pagamento de R$ 500 por mês para cada nova contratação feita por empresas cadastradas. A experiência bem-sucedida beneficia sobretudo dois grupos mais afetados pelos efeitos da crise econômica: os jovens e as pessoas com mais de 20 anos no mercado. Além da redução do nível de desemprego, o Mais Empregos dinamiza a economia, a partir do efeito multiplicador do emprego adicional sobre a geração de renda, numa política fiscal anticíclica. O programa é, essencialmente, voltado à cidadania, visando assegurar mais dignidade ao cidadão maranhense a partir da oferta de oportunidades adicionais”.


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