Com os depoimentos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de três ex-executivos da Odebrecht, inclusive de Marcelo Odebrecht, cresceu entre os políticos de Brasília um movimento para tentar separar na Justiça o que é dinheiro recebido por caixa 2 de dinheiro fruto de propina e corrupção.
Esses depoimentos, considerados uma espécie de prévia das delações da Odebrecht, provocaram forte impacto em todos os partidos políticos da base do governo e da oposição.
A avaliação é que isso é um indicativo de que poucos políticos conseguirão sobreviver aos depoimentos já homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Com base nas delações da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir em breve a abertura de inquéritos para investigar parlamentares citados pelos delatores.
Juristas que atuam para vários partidos e políticos já iniciaram conversas para fechar uma estratégia conjunta.
Contra essa tese, já há uma decisão do próprio STF durante o julgamento do mensalão, que considerou crime o caixa 2.
Mesmo assim, vários advogados tentam mudar essa interpretação do STF.
Nos últimos dias, os políticos foram pegos de surpresa porque não esperavam o movimento do ministro do TSE Herman Benjamin de pedir e fazer depoimentos de executivos da Odebrecht, o que antecipou um ambiente de muita apreensão em Brasília.
Do Blog do Camarotti / G1
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