Carro dos Correios foi alvo de assalto próximo ao Descanso
Na tarde desta quinta-feira, dia 30 de março de 2023, a Polícia Federal e o 2º Batalhão da Polícia Militar em Caxias/MA prenderam em flagrante dois assaltantes que participaram do roubo de um caminhão dos Correios na rodovia MA-034, ocorrido por volta das 11 horas.
O caminhão, que saiu de Caxias com destino final à cidade de Buriti de Inácia Vaz, foi interceptado pelos assaltantes próximo à cidade de Coelho Neto, onde tomaram o veículo e forçaram o motorista a retornar. Durante o roubo, parte das mercadorias foi levada e outra parte foi escondida em uma estrada próxima à rodovia MA-034, a cerca de 10 km da BR-316.
Assim que tomaram conhecimento do assalto, as equipes da Polícia Federal e da Polícia Militar iniciaram as buscas na área, e no final da tarde conseguiram identificar e prender dois dos cinco assaltantes, recuperando ainda boa parte das encomendas roubadas.
A Polícia Federal está coletando informações através dos interrogatórios e buscando outros elementos para demonstrar a participação de cada um dos envolvidos no crime.
Com base nos fatos constatados, os presos serão indiciados pelos crimes de roubo qualificado com emprego de armas de fogo, entre outras qualificadoras, com penas que podem chegar a 10 anos.
Após serem ouvidos na Delegacia da Polícia Federal, os indivíduos serão encaminhados ao presídio de Caxias, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.
Parte das mercadorias foi escondida numa estrada próximo à rodovia MA-034
Alexandre de Moraes, determinou a suspensão do Telegram
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram no país.
A ordem atende a um pedido da Polícia Federal e foi encaminhada a plataformas digitais e provedores de internet, que devem adotar os mecanismos para inviabilizar a utilização do aplicativo Telegram no país.
A TV Globo apurou que a ordem para o bloqueio do aplicativo de mensagens ainda está em fase de cumprimento. As empresas estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A decisão de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal e ocorre após o Telegram não atender a decisões judiciais para bloqueio de perfis apontados como disseminadores de informações falsas, entre eles o do blogueiro Allan dos Santos.
Empresa demitiu parte dos funcionários por mensagens no Whatsapp
Empresa demitiu parte dos funcionários por mensagens no Whatsapp. Muitos ainda não assinaram os documentos da rescisão do contrato. Grupo tem dívida trabalhista de mais de R$ 55 milhões de reais.
Após a repercussão da operação da Polícia Federal na sede do Grupo João Santos, no Recife, funcionários da Usina Itajubara, localizada no município de Coelho Neto, no Maranhão, fizeram um protesto em frente à portaria da empresa no último sábado, 22. A usina demitiu parte dos trabalhadores através de mensagens pelo Whatsapp, e não teria pago os direitos trabalhistas. Além disso, vários colaboradores ainda não foram chamados para assinarem os documentos da rescisão contratual.
Os funcionários pedem que os órgãos de investigação não esqueçam das empresas que atuam no Maranhão. “A gente pede, encarecidamente, a justiça, ao Recife, que veja Coelho Neto, Itajubara, aqui no Maranhão”, pediu Margareth da Silva, que trabalhou por 20 anos na empresa. A ex-funcionária afirma que foi demitida em 2018, mas até agora não recebeu nada.
“Aqui nós temos mais de 800 pessoas que, desde 2018, não recebe. São pais de família, teve gente até que já morreu por conta de ansiedade e de depressão, por conta da empresa. É uma falta de respeito de um grupo que tem dinheiro, que a gente viu que tem, e deixar a gente passar necessidade. É muita falta de respeito, de consideração, sabe?”, desabafou Margareth.
“Trabalhei 33 anos e 6 meses no Grupo João Santos, sai com a mão na frente e outra atrás.” Reclamou o ex-funcionário Antônio Ferreira, que completou: “Nós viemos aqui fazer um apelo, pedir, olhem por nós, porque nós estamos abandonados”, concluiu.
A ex-trabalhadora da usina, Angela Ferreira de Araújo, também se queixou da falta de respeito da empresa com os funcionários “Foram 20 anos de dedicação a essa empresa, e o que aconteceu é que eles me demitiram pelo WhatsApp. Essa foi à consideração que eles me deram.”, encerrou, Ângela.
Também conseguimos contato com uma funcionária que ainda trabalha na empresa. Ela não quis se identificar porque tem medo de sofrer retaliação, mas afirma que os descontos sempre vieram nos contracheques. “Descontaram plano de saúde por um tempão, quando a gente ia nas clínicas pra se consultar, estava cancelado. O FGTS nunca pararam de descontar, só que não tem fundo, não tem nada”.
Ela também reclamou que um dos donos da empresa sempre estava na cidade ostentado. “O doutor José Santos, que vivia aqui, era trocando de carro o tempo todo. Quem está no Grupo João Santos hoje, todos estão passando necessidade”, desabafou a funcionária.
Outro funcionário, que também não quis se identificar por ainda estar trabalhando, reclama que a diretoria da empresa continua recebendo salário. “Trabalho aqui desde 1974, nós fomos vítimas do Grupo João Santos, eles não pagam do jeito que é pra ser. Eles não valorizam. Mas só os peões que não recebem, os gerentes recebem. Como é que eles tem os diplomas deles, são formados e tudo mais, e tão lá fazendo o que? Porque estão ganhando. Então quem não está ganhando são os pobres. O pessoal que corta a cana não recebe”, concluiu.
A reportagem do Blog Ricardo Antunes entrou em contato com a Usina Itajubara. Por telefone, conversamos com o supervisor de RH da empresa, Carlos Barros. Ele informou que a usina continua ativa, mas que, como atuam na moagem da cana e na produção de etanol, as operações estão paralisadas por conta do período da entressafra da cana-de-açúcar, mas que devem ser retomadas em junho.
Sobre as denúncias de não pagamento dos direitos trabalhistas, ele explicou que grande parte dos funcionários já ingressou com ações judiciais. “O Grupo João Santos na região está se mobilizando para tentar sanar os débitos com os funcionários. O problema é que, como os funcionários que entram na justiça pedem que os bens da empresa sejam penhorados, ficamos sem ter nem como nos desfazer de bens para pagar. Cerca de 80% dos bens do grupo na região estão bloqueados”, explicou Carlos Barros.
Sede do grupo foi alvo de buscas realizadas pela Polícia Federal. Foto: Reprodução/TV Globo
No dia 05 de maio uma operação conjunta da Polícia Federal, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e da Receita Federal, denominada Background, cumpriu 53 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e bloqueio de bens e valores do Grupo João Santos e de outros investigados que fazem parte do grupo em Pernambuco, São Paulo, Amazonas, Pará e Distrito Federal.
A polícia informou que o Grupo João Santos é suspeito de organizar um sofisticado esquema contábil-financeiro para desviar o patrimônio das empresas do grupo. Esses valores eram transferidos para sócios e interpostas pessoas (laranjas).
Segundo a Procuradoria da Fazenda, as empresas do Grupo João Santos têm dívidas tributárias, de R$ 8,6 bilhões, e trabalhistas, de R$ 55 milhões. Elas são suspeitas de sonegar impostos e direitos trabalhistas de centenas de empregados. Os trabalhadores, de acordo com as investigações, ficavam sem receber salários e outros direitos trabalhistas.
De acordo com a Receita Federal, mais de 20 empresas do grupo eram utilizadas num esquema chamado de “factoring”, para desviar receitas que poderiam ser usadas para quitar dívidas trabalhistas e tributárias. Também foi verificada a ocorrência de subfaturamento em exportações, “com o claro objetivo de remeter, ilicitamente, recursos ao exterior”.
Foram apreendidos bens como relógios e bolsas de luxo, dinheiros em espécie, 17 embarcações, 27 esculturas, 29 quadros, porcelana portuguesa e obras de artes dos artistas José Bernardino, Reinaldo Fonseca, João Câmara e Lula Cardoso Ayres.
Os crimes investigados, segundo a Receita federal, são sonegação fiscal, apropriação indébita, evasão de divisas, frustração de direitos trabalhistas, operação de instituição financeira não autorizada e lavagem de dinheiro.
Durante a abordagem, no centro de Caxias, foram encontradas várias mercadorias
A Polícia Federal efetuou, no início da tarde desta sexta-feira (28), a prisão em flagrante da supervisora do Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios do município de Caxias (MA). A ação contou com a colaboração dos Correios.
Durante a abordagem, no centro de Caxias, foram encontradas mercadorias destinadas às cidades de Coroatá e Codó que estavam sendo levadas, de modo escondido, na motocicleta da autuada. Ela foi conduzida à Delegacia da PF, onde foi lavrado o auto da prisão em flagrante por crime de peculato, previsto do Artigo 312 do Código Penal brasileiro.
Após a confecção das peças flagranciais a presa será conduzida à Penitenciária Feminina.
Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.
Imagem de arquivo de junho de 2018 mostra o então presidente Michel Temer com o então ministo Moreira Franco durante assinatura de decretos que regulamentam o Código de Mineração — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.
DO G1 – Por Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1 Rio /
O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, coronel João Batista Lima Filho e mais cinco pessoas, entre elas empresários.
Preso, Temer será levado para o Aeroporto de Guarulhos, onde vai embarcar em um voo e será levado ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente deve fazer exame de corpo de delito no IML em um local reservado e não deve ser levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.
Desde quarta-feira (20), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.
O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até as 11h25 os advogados não haviam atendido a ligação. Ainda não está claro a qual processo se referem os mandados contra Temer e Moreira Franco.
O ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.
Carro deixa a casa do ex-presidente Michel Temer, em São Paulo — Foto: Gessyca Rocha/G1
Entre outras investigações, Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Michel Temer e Moreira Franco são vistos durante cerimônia em Brasília em maio de 2018 — Foto: Mateus Bonomi/AGIF/AFP
Michel Temer (MDB) foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final do mandato, encerrado em dezembro do ano passado.
Eleito vice-presidente na chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o coordenador político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo do segundo mandato.
Formado em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de 1980, foi deputado constituinte e, alguns anos depois, foi eleito deputado federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.
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